Paris (França) - Apesar do calendário apertado e da mudança de datas, o ex-profissional e agora diretor de Roland Garros, Guy Forget, acredita que a maciça maioria dos melhores tenistas do mundo irão disputar o Aberto da França, que mudou de maio para setembro para escapar do impacto do coronavírus.
"ATP e WTA estão trabalhando firme para que Roland Garros e US Open aconteçam e que os tenistas possam retomar suas atividades", argumenta Forget em entrevista ao Eurosport. "Muitos jogadores estão sofrendo perdas financeiras, então todos estão tentando oferecer um calendário para o final da temporada, ainda que exista um certo aperto de datas".
A Federação Francesa foi duramente criticada quando tomou uma decisão unilateral de adiamento de Roland Garros para o final de setembro, o que acabou interferindo com a chance de outros eventos acontecerem naquele período. Além disso, forçará que os dois Slam sejam disputados de forma muito próxima, já que o US Open manteve a data original e começará na última semana de agosto.
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"Nenhum dos torneios a partir de agora serão obrigatórios, então os jogadores poderão decidir livremente onde e quando jogar", frisa Forget. "Claro que os Slam aguardam que a maioria dos melhores jogadores participem, mas eventualmente poderá haver desfalques conforme o lugar de onde cada jogador vem".
Forget tem grande esperança de colocar público nas arquibancadas, no momento limitadas a 50 ou 60% da capacidade. "Não vejo a hora de reencontrar os jogadores e ver o sorriso em suas faces. Estou ansioso por ver a cobertura da Philippe Chatrier funcionando, algo que sonhamos por tantos anos".
Ao contrário do US Open, que eliminou o qualificatório, reduziu as duplas e não fará a chave juvenil, Roland Garros planeja uma programação completa. "O quali faz parte do evento, então faremos. O mesmo acontece com os juvenis. Os franceses adoram duplas e os cadeirantes são agora muito populares. Talvez tenhamos de evitar as duplas mistas e o torneio das lendas".