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Demoliner: 'ATP tenta facilitar nossa entrada nos EUA'
15/07/2020 às 18h24

Demoliner tem mantido contato com o parceiro holandês Matwe Middelkoop

Foto: Arquivo

Rio de Janeiro (RJ) - Terceiro brasileiro mais bem colocado no ranking dos especialistas em duplas na ATP, Marcelo Demoliner falou sobre suas expectativas para o retorno ao circuito. Em entrevista ao canal Bandsports, o gaúcho de 31 anos e 48º do ranking comentou sobre as medidas que a ATP irá adotar para ajudar os participantes do US Open que enfrentam restrições a viagens internacionais. O Grand Slam americano começa em 31 de agosto.

"A ATP fez um formulário para facilitar a entrada nos Estados Unidos e a saída do nosso país, porque essa é uma dificuldade que a gente e os jogadores de alguns outros países têm", disse Demoliner. "Então, todos os jogadores preencheram esse formulário. Eu acredito que isso não vai ser um problema, mas se tiver uma segunda onda de casos de Covid, talvez nem aconteçam os torneios".

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Demoliner também contou que ainda não há definição sobre os protocolos de segurança que serão adotados após o Grand Slam norte-americano. Isso porque os Masters 1000 de Madri e Roma acontecem logo nas duas semanas seguintes. "Outra dificuldade vai ser depois de jogar o US Open. Como que a gente vai chegar na Europa? Essa questão eles não sabem ainda. Eles estão falando com as organizações e com os governos da Europa".

O experiente gaúcho diz que ainda tem receio de ter que viajar para competir, mas diz que gostaria de disputar o US Open e tem mantido contato com seu parceiro, o holandês Matwe Middelkoop. "É óbvio que a gente quer competir. Eu tenho o receio de competir nessa época, mas ao mesmo tempo tenho que aproveitar a oportunidade de jogar para tentar pontuar no ranking. Quero muito jogar o US Open, falei com o meu parceiro ontem. Ele está se preparando lá na Holanda, e eu me preparando aqui".

"O que mais incomoda é a incerteza. A cada semana a gente tem notícias novas, mas essa questão de o torneio não estar garantido nos deixa apreensivos e tem que ficar sempre mudando o treinamento", explicou. "Mas eu encaro de uma forma positiva, porque desde os 15 anos eu não passo tanto tempo com a minha família. Os jogadores de tênis viajam mais de 40 semanas por ano".

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Demoliner também comentou sobre o pagamento que Wimbledon vai destinar aos jogadores que disputariam o torneio e diz que acha improvável que o US Open fizesse o mesmo se fosse cancelado.

"E foi um gesto muito bacana de Wimbledon. Eu não estava esperando. Foi uma surpresa. Vai ajudar muito essa receita para pagar as contas e o treinador. No US Open, é muito difícil que aconteça, porque eles não tem seguro", comentou o gaúcho. "Tenho visto que alguns jogadores não estão satisfeitos e acham que não é o momento de fazer o torneio. Obviamente o US Open e os patrocinadores estão colocando uma pressão muito forte para fazer o evento e a gente tem que respeitar".

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