Paris (França) - Embora concorde com a opinião geral de que a nova bola Roland Garros é diferente no peso e no quique, o sérvio Novak Djokovic ponderou na entrevista oficial deste sábado que isso pode ser reflexo direto do clima de outono na Europa e que caberá aos tenistas se adaptarem a isso.
"Esta é a primeira vez que utilizamos as bolas Wilson no saibro e penso como aos outros: é mais pesada. Mas temos de considerar que estamos em outubro e faz muito frio, a terra está pesada e úmida", considerou. "Todas as condições externas afetam a bola, portanto é complicado afirmar que ela é mais pesada no geral. A nós cabe nos adaptarmos e é por isso que chegamos antes para treinarmos e nos acostumarmos com as novas condições".
Ele também foi questionado sobre as lições tiradas da desclassificação no US Open, quando atingiu uma juíza de linha ao arremessar uma bola contra o fundo de quadra. "A partir de agora terei o máximo cuidado cada vez que mande uma bola para longe. O que aconteceu lá ficou na minha cabeça por algum tempo, mas tenho certeza de que não voltarei a cometer o mesmo erro. Foi um choque para mim e muita gente, mas devo aceitar e continuar".
O título em Roma teve papel fundamental nisso. "Não creio que isso vá ter repercussão negativa. Há alguns dias, ganhei Roma e não senti qualquer perturbação emocional ou dificuldade em competir ou manifestar minhas emoções. Deixo tudo de negativo lá na quadra. Trato de me perdoar e seguir meu caminho. Sou humano e tenho falhas como todo mundo".
Djokovic relevou que a rotina de exames para a Covid-19 tem sido mais intensa na Europa. "Devido aos anticorpos - ele contraiu o vírus em julho -, só fiz um teste em Nova York, que deu negativo. Na Europa tem sido diferente. Em Roma, fizemos testes a cada dois ou três dias, em Paris deve acontecer o mesmo. Aguardo o resultado e mantenho o isolamento como todos os outros tenistas. Os especialistas ainda não sabem dizer se é possível a reinfecção, há muita confusão. Prefiro não pensar nisso e apenas seguir as regras, que aqui na França são bem restritivas".
