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Djokovic: 'Foi mais difícil do que o placar sugere'
05/10/2020 às 20h19

Partida contra Khachanov foi a mais longa de Djokovic no torneio até agora

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Paris (França) - Garantido nas quartas de final de Roland Garros, Novak Djokovic ainda não perdeu sets no torneio. O duelo desta segunda-feira contra o russo Karen Khachanov foi o que o sérvio cedeu o maior número de games, 10 no total, e também seu jogo mais longo na competição com 2h23. Analisando seu desempenho, o número 1 do mundo acredita que a partida foi mais difícil do que o placar sugere.

"Foi uma partida muito equilibrada. Acho que foi mais difícil do que o resultado mostra", disse Djokovic, após a vitória por 6/4, 6/3 e 6/3. "Tivemos que lutar por cada ponto. Mas consegui sacar bem nos momento certos", avaliou o número 1 do mundo, que conseguiu seis quebras e perdeu apenas dois games de serviço.

Devido às condições de quadra mais lentas este ano, Djokovic apostou nas curtinhas. Ele já havia comentado anteriormente no torneio que estratégia poderia funcionar nessa edição de Roland Garros. "Eu amo drop-shots, mas talvez até demais. Eu tentei variar os meus golpes. Correu bem às vezes, e em outras eu fui muito mal. Mas estou aqui, então está tudo bem".

Reencontro com Carreño Busta nas quartas
Djokovic agora enfrenta o espanhol Pablo Carreño Busta, número 18 do mundo. O sérvio lidera o histórico de confrontos por 3 a 1. O duelo mais recente aconteceu há aproximadamente um mês nas oitavas de final do US Open. Na ocasião, Djokovic foi desclassificado da partida. Ele tentou isolar a bola em um momento de frustração, depois de ter o serviço quebrado, e atingiu uma juíza de linha.

"Carreño Busta é um cara muito sólido. Acho que ele melhorou muito seu jogo nos últimos 12 ou 15 meses em todos os pisos. Jogar uma semifinal no US Open é a prova disso. Sei que ele já fez isso antes e que está subindo no ranking novamente", comenta sobre o ex-top 10, que se sente bastante confiante nas condições de jogo em Paris.

"Talvez esse tipo de quadra se encaixe bem para ele, porque a bola não quica muito alto e ele bate reto na bola. Ele realmente gosta dos pisos um pouco mais lentos. É semelhante ao [Roberto] Bautista Agut, esperando o erro do adversário, mas ele também pode ser mais agressivo e tem um bom backhand na paralela. Ele é um jogador muito completo", acrescentou a respeito do rival de 29 anos.

Ainda lembrando o duelo com Carreño Busta, Djokovic também teve um susto na partida desta segunda-feira. O sérvio tentou devolver um saque de Khachanov e a bola acabou acertando uma árbitra de linha. Nesse caso, como o ponto estava em disputa e é um movimento do jogo, não é passível de punição.

"Meu Deus, foi um déjà vu muito estranho! Na verdade, estou tentando encontrar essa juíza de linha para ver se ela está bem porque vi que ele ficou com um hematoma, tipo uma vermelhidão, naquele lugar da cabeça onde a bola a atingiu. Mas isso já aconteceu comigo e com muitos outros jogadores nos últimos 15 anos que estou no circuito".

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