Tóquio (Japão) - Em sua chegada a Tóquio para a disputa do Torneio Olímpico de Tênis, Elina Svitolina contesta a ausência de integrantes de sua equipe na capital japonesa. A ucraniana, número 6 do mundo, não terá a companhia de seu técnico, o britânico Andrew Bettles, e treina apenas com Mikhail Filima, capitão da delegação ucraniana e que também comanda a equipe nacional na Copa Billie Jean King. Sem citar nomes, a jogadora de 26 anos também afirma que alguns conseguiram viajar com equipes completas, o que lhe causou estranheza.
"Eu vim sozinha para cá, porque me disseram que eu não poderia trazer ninguém da equipe comigo. Apenas o capitão da nossa delegação, Mikhail Filima, está conosco. E eu sei que muitos jogadores vieram com treinadores, preparadores físicos, e até mesmo com seus próprios psicólogos, então é estranho porque eu não tive a oportunidade de trazer meu próprio treinador", escreveu Svitolina ao site da Federação de Tênis da Ucrânia.
Elina Svitolina commented on the prohibition of bringing the personal coach to Tokyo #Olympics pic.twitter.com/SWvb5jaJW2
— Tennis_BTU_ENG (@Tennis_BTU_ENG) July 20, 2021
Acostumada com as 'bolhas' no circuito profissional, por conta da pandemia, a ucraniana aprovou as instalações e condições de segurança em Tóquio. "Na Vila Olímpica você pode circular livremente. É bastante grande. Você pode sair, ir à academia, à sala de jantar, tem salão de jogos. Essa ideia de 'bolha' não é sentida. O território aqui é muito maior, então é ainda mais confortável do que em nossos torneios. Os exames para o coronavírus precisam ser feitos todos os dias, usando sempre máscara, mesmo na academia ou quando corremos na pista ou fizer exercícios. Existem cercas de plástico por toda parte na sala de jantar, cada pessoa tem sua meia-cabine para que mantenham a distância".
'Condições melhores que as do Rio', diz Svitolina
Em sua segunda participação nas Olimpíadas, Svitolina também falou sobre a acomodação na Vila. "No que diz respeito à acomodação, tive a sorte de ter um quarto separado com meu próprio banheiro. O mais importante é que tem ar condicionado que funciona, porque está 35 graus lá fora e faz muito calor. Sei que alguns jogadores não tiveram sorte porque ficaram em um apartamento com 3 quartos e apenas um banheiro para seis pessoas. É bastante difícil para as grandes equipes, porque as paredes são feitas de papelão e você pode ouvir tudo. Os caras mais altos também não gostaram, porque as camas são muito pequenas e estreitas. Mas para a minha altura, tudo me cai bem. As condições estão mais confortáveis que no Rio de Janeiro".
O Torneio Olímpico em Tóquio começa no sábado. E até lá, Svitolina tenta se adaptar às condições, especialmente por conta do calor. "Posso dizer que está muito calor aqui. Eu não esperava estar tão quente e tão úmido. À tarde, depois do almoço, tentei me exercitar só para me acostumar com as condições. Ainda não me adaptei ao fuso-horário, mas sei que tenho alguns dias para me preparar o melhor possível. Todos estão nas mesmas condições, então procuro estar preparada para tudo. Estou feliz por ter vindo e estou muito feliz por fazer parte da delegação ucraniana. Estou ansiosa pelo início do torneio, espero poder ajudar a Ucrânia a conquistar uma medalha".