Nova York (EUA) - O mais rico torneio do calendário do tênis internacional terá o retorno total do público a partir de segunda-feira no complexo de Flushing Meadows, onde habitualmente circulam mais de 700 mil espectadores ao longo das duas semanas.
Ninguém terá de apresentar qualquer comprovante de vacinação e o uso de máscara não será exigido, seguindo modelos dos jogos realizados na NBA e na liga de beisebol. O primeiro evento totalmente liberado aconteceu em fevereiro, quando o time de basquete dos Knicks recebeu o Brooklyn Nets.
"Aqueles que ainda não se vacinaram não serão barrados, mas seria conveniente que eles usassem máscaras", alertou o diretor médico contratado, Brian Hainline. "Essa é uma norma que está adotada em toda a cidade". Segundo ele, isso acontece porque 70% da população adulta já foi vacinada ao menos com uma dose contra o coronavírus.
No ano passado, o US Open realizou o torneio de portas fechadas, o que causou prejuízo de US$ 180 milhões à Associação norte-americana, que é a responsável do torneio, segundo dados do presidente da entidade Mike Dowse. "Tivemos de tomar duras decisões em 2020, incluindo redução de salários da equipe da USTA, de forma a diminuir os custos gerais em 23%", contra Dowse. "Usamos toda a reserva de caixa".
O faturamento normal do US Open com patrocinadores, ingressos e direitos de tevê atinge US$ 250 milhões.
Jogadores estão liberados
A Associação Norte-americana também recebeu sinal verde das autoridades para liberarem livre trânsito aos tenistas, que assim poderão jantar ou visitar Manhattan. Na última terça, o campeão olímpico Alexander Zverev foi ao estádio de beisebol do New York Mets para assistir ao duelo contra o San Francisco Giants.
Os tenistas serão submetidos a teste de Covid-19 assim que desembarcarem nos aeroportos de Nova York, mas não terão de fazer qualquer tipo de isolamento enquanto aguardam os resultados.
"Temos ciência do estresse mental dos tenistas ao longo dos últimos 12 meses diante da pandemia, do isolamento em bolhas, o que foi importante, mas sabemos que os tenistas querem maior flexibilidade", afirmou a diretora do torneio Stacey Allaster.
A USTA afirma que desconhece a quantidade de jogadores participantes do torneio que já tomaram vacina.