Melbourne (Austrália) - Estilo que já teve seus dias de glória, o ‘saque e voleio’ tem cada vez mais caído em desuso no circuito, mas agora o norte-americano Maxime Cressy surge como seu grande defensor na tentativa de recolocá-lo no mapa. Seu ótimo começo de temporada, com nove vitórias até então em 2022, chegando às oitavas de final no Australian Open, tem o ajudado em sua causa.
“Acredito que tudo é possível, sempre acreditei nisso, desde o início. Apesar de não estar entre os que mais receberam atenção, tive fé em mim e foi isso que me levou a melhorar nos últimos quatro, cinco ou seis anos”, afirmou o norte-americano de 24 anos, que esteve no tênis universitário de 2016 a 2019 e agora vem tentando se firmar no circuito.
Atual 70 do mundo, ele pretende manter seu esquema de jogo independente do rival. “Minha mentalidade é sempre fazer o meu jogo. Sei que terei alguns dias melhores e outros piores, mas sei que se tiver um bom dia, será difícil me vencer se for para os meus dois saques. Tenho muita confiança que meu estilo de jogo pode vencer qualquer um”, afirmou Cressy.
“Quanto mais eu faço isso, mais natural se torna para mim. Os rivais mal têm o controle e eu jogo assim há três ou quatro anos. Em um bom dia, torna-se um tênis muito eficiente. Desde o início, minha ideia era devolver o saque-voleio ao circuito. Muitos me disseram que ele estava morto, mas sempre acreditei que não", complementou o norte-americano, que na próxima rodada irá desafiar o russo Daniil Medvedev.
Firme na ideia de restabelecer o saque e voleio, Cressy não tem patrocínios no momento e também não tem pressa. “Sou paciente, vou esperar até ter um ranking melhor para que possa ter maior margem para negociar. Desde a Covid, é muito difícil ter um bom acordo de patrocínio. Vou esperar entrar no top 50 ou quem sabe no top 10 para negociar”, afirmou o confiante norte-americano.