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Bia faz final e busca 1º Slam feminino em 54 anos
26/01/2022 às 23h32

Melbourne (Austrália) - O incrível desempenho da paulista Beatriz Haddad Maia nas duplas em solo australiano ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira, com a nona vitória seguida ao lado da cazaque Ana Danilina. As duas derrubaram as japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara, segunda dupla mais bem cotada ao título, e garantiram vaga na final do Australian Open.

Em mais uma boa apresentação da brasileira com a cazaque, que vem embaladas após o título no WTA 500 de Sydney, elas começaram muito bem, tiveram match-point no segundo set, não conseguiram aproveitar e viram as rivais se recuperar, mas no terceiro elas colocaram a cabeça no lugar de novo e fechar com parciais de 6/4, 5/7 e 6/4.

Bia e Danilina esperam agora as vencedoras da outra semifinal, que acontece na Margaret Court Arena. As tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova são as principais favoritas no torneio e serão desafiadas pela a belga Elise Mertens e pela russa Veronika Kudermetova, cabeças de chave 3.


Será a primeira final de Slam para a canhota paulista, que tentará quebrar um longo jejum do tênis feminino brasileiro de 54 anos sem conquistas. Maior vencedora da história do país, Maria Esther Bueno foi a última mulher a levantar uma taça deste porte, conquistando o US Open de 1968 nas duplas com a australiana Margaret Court.

Depois disso, a única brasileira a ter disputado uma final foi Cláudia Monteiro, vice-campeã de duplas mistas em Roland Garros em parceria nacional com Cássio Motta em 1982. A paulista Luísa Stefani por pouco não entrou na lista, mas parou na semi de duplas do US Open do ano passado, quando sofreu uma grave lesão no joelho contra as norte-americanas Coco Gauff e Caty McNally.

Com a vaga na final, Bia e Danilina garantem uma premiação de 340 mil dólares australianos (pouco mais de R$ 1,3 milhão). Se foram campeãs, as duas dividem um prêmio de 600 mil dólares australianos (pouco mais de R$ 2,3 milhões).


A partida começou com Bia e Danilina bem firmes, dando poucas chances às rivais. Foi assim que elas venceram o primeiro set e tiveram quebra de frente no segundo. Depois de perderem um match-point no saque das japonesas, a paulista e a cazaque foram ao serviço para fechar, mas acabaram quebradas e então veio a reação de Aoyama e Shibahara, que saíram de 3/5 para 7/5.

Depois de deixarem escapar a chance de fechar o jogo em sets diretos, a brasileira e a cazaque não se abalaram e foram firmes no terceiro. Elas mantiveram o bom nível e conseguiram uma quebra logo no terceiro game. Bia e Danilina salvaram dois break-points no sexto e depois disso foram firmes para selarem a vitória e a vaga na final.

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