Monterrey (México) - Depois da forte declaração da ucraniana Elina Svitolina, que se recusou a enfrentar a russa Anastasia Potapova na primeira rodada do WTA 250 de Monterrey se não fossem tomadas as medidas sugeridas pelo Comitê Olímpico Internacional, ainda não se sabe exatamente se haverá jogo. Por enquanto, Svitolina segue na chave e foram retiradas menções à Rússia na programação desta terça-feira.
Pivô indireto do pronunciamento de Svitolina, a russa Potapova resolveu se pronunciar sobre o caso. “Em geral, mesmo na infância, escolhemos nosso próprio caminho de crescimento. Mesmo quando criança, sonhava em jogar tênis, sem escolher a partida, o país ou a parceira. É difícil explicar às pessoas da política que para mim não existe rival de um país, mas o que estou fazendo é lutar pela vitória, pelo meu melhor jogo, pelos meus resultados”, disse a russa.
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“Infelizmente, agora, como atletas profissionais, estamos nos tornando reféns da situação atual. Jogar tênis é nossa escolha e nosso sonho, para o qual treinamos diariamente e para o qual constantemente tentamos ser melhores. Sinto muito, mas embora seja estranha à política, sou contra a dor, as lágrimas e a guerra. A paz une o mundo e todos os seres humanos dentro dele. E as crianças deveriam continuar sonhando”, complementou.
A partida entre Svitolina e Potapova, russa de 20 anos e atual 81 do mundo, continua marcada para acontecer nesta terça-feira não antes das 22h (horário de Brasília). Caso a ucraniana desista do jogo, será substituída por uma lucky-loser.