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Osaka aposta no sucesso do pai como seu treinador
28/08/2022 às 12h59

Nova York (EUA) - Duas vezes campeã do US Open, Naomi Osaka tenta em 2022 ir mais longe no torneio do que no ano passado, quando parou na terceira rodada, superada pela canadense Leylah Fernandez, que depois foi vice-campeã. Uma das apostas da japonesa para dar a volta por cima no circuito é a parceria com o pai, que agora é seu técnico, em uma química que a ex-número 1 do mundo acredita que irá dar certo.

“Só queria mesmo uma boa energia. Honestamente, sinto que em quadra sou uma pessoa que se ajusta muito bem. Não é como se eu precisasse de alguém que me diga diretamente o que fazer, porcentagens ou coisas assim, só preciso de alguém que me faça ter confiança em mim e no meu jogo. Acho que ele é uma pessoa muito boa para fazer isso porque ele me conhece há mais tempo”, afirmou Osaka sobre o trabalho com o pai Leonard Francois.

A liberação da comunicação entre técnico e tenista não parece fazer grande diferença para a japonesa. “Vou deixar para falar melhor sobre isso depois da minha partida (sorrindo). Não sei, sou do tipo que realmente não gosta de falar com as pessoas. Sou muito teimosa, então gosto de tentar resolver as coisas sozinha. Eu vou saber depois da partida”, falou Osaka, que atualmente é apenas a 44ª do ranking.

Tentando voltar aos melhores momentos, a nipônica espera aproveitar um palco no qual já teve sucesso para começar a recuperação. “Estou muito feliz por estar de volta, sempre tenho boas lembranças daqui. Um dia atrás, teria dito que estava realmente relaxada, depois que treinei hoje (sábado) eu me senti muito ansiosa. Acho que é porque realmente quero me sair bem e porque eu sinto que não tenho andado bem ultimamente”, falou.

“Você não quer perder na primeira rodada de um Slam, mas acredito que sempre me saio muito bem aqui. Acho que a adversária que vou enfrentar na estreia também é muito difícil, então adiciona um pouco mais. Estou apenas tentando aproveitar o tempo que tenho”, complementou Osaka, que abrirá campanha contra a tenista da casa Danielle Collins, cabeça de chave 19.

De positivo, a japonesa tem as sensações dos treinos que fez nas quadras do US Open. “No meu primeiro treino aqui, achei que joguei muito melhor do que em Cincinnati. Então, o que quer que esteja acontecendo nas quadras aqui, funciona melhor para mim”, contou a dona de quatro títulos de Grand Slam.

A aposentadoria de Serena Williams também foi assunto para uma fã declarada da norte-americana. “O legado dela é tão grande que você não consegue nem descrever em palavras. Ela mudou muito o esporte, introduziu pessoas que nunca ouviram falar de tênis no esporte. Acho que sou um produto do que ela fez. Eu não estaria aqui sem Serena, Venus e toda a sua família”, salientou Osaka.

“Sou muito grata a ela, que é tipo, a maior força no esporte. Não falo isso tentando minimizar caras como (Roger) Federer e (Rafael) Nadal, só acho que ela é a maior coisa que existirá no esporte. É realmente uma honra apenas vê-la jogar e está nos dando a chance de observá-la um pouco mais”, finalizou a japonesa.

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