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Pucinelli: 'Semana boa, mas não posso me acomodar'
24/09/2022 às 19h43

Pucinelli disputará neste domingo sua primeira final de challenger

Foto: Federação Portuguesa de Tênis

Braga (Portugal) - Finalista do challenger de Braga, disputado no saibro em Portugal, Matheus Pucinelli vai em busca do maior título da carreira neste domingo e entra em quadra a partir das 7h (de Brasília). Ainda sem perder sets nesta semana, com direito a uma vitória sobre o cabeça 1 Nuno Borges nas oitavas, o jovem paulista de 21 anos chega à decisão consciente de que já faz uma ótima semana no circuito, mas sabendo que não pode se acomodar.

"Espero aproveitar esse momento. Hoje eu curti essa sensação e amanhã vou tentar vir com essa energia boa de novo. Tenho que achar o equilíbrio entre reconhecer que já é uma semana muito boa, mas não me acomodar. Quero ir com essa motivação para motivação porque é um jogo que vale bastante", disse Pucinelli, em entrevista coletiva neste sábado.

"Sabia que eu vinha treinando bem. Não tive tantos bons resultados nos últimos torneios, mas estava trabalhando bem e a cabeça estava boa fora de quadra e nos treinos", comenta o paulista, que teve pouco tempo de adaptação ao saibro, já que estava com a equipe brasileira da Copa Davis no piso duro na semana passada. "Fiz dois dias de treino aqui antes, mas sempre me senti muito bem no saibro. O primeiro jogo foi mais difícil, mas consegui vencer e pude ter mais oportunidades de ir pegando ritmo. Agora estou me sentindo totalmente adaptado".

Após a vitória na semifinal sobre o holandês Jelle Sels por duplo 6/2, Pucinelli destacou os momentos importantes que impediram que o rival encostasse no placar. "O primeiro set até que foi demorado para um 6/2, mas o importante que eu saí quebrando no começo e já dei uma tranquilizada de estar sempre na frente. Isso me ajudou bastante a não deixar ele se soltar em nenhum um momento".

"Mas ao mesmo tempo, eu sabia que se eu desse uma bobeada, o jogo poderia endurecer, como foi no segundo set. Eu salvei dois break-points no 3/2 e consegui quebrar de novo depois e vencer jogo, mas se perdesse aquele game e ficasse 3/3 poderia mudar bastante coisa", complementou.

O adversário na final será o norte-americano Nicolas Moreno de Alboran, 308º do ranking, que alcança sua segunda decisão de challenger aos 25 anos. Eles se enfrentaram apenas uma vez, no ano passado. "Ele é um cara que esteve comigo nessa transição. Estivemos em vários torneios juntos nos futures e subimos para os challengers mais ou menos na mesma época".

"Ano passado a gente teve um jogo que foi muito longo, com quase 4h, e acabei desistindo no final. Travei o pescoço e não deu para terminar a partida, mas consegui ganhar um set. Sei que ele gosta desse jogo mais físico, disputa vários terceiros sets e que tenta levar o jogo para esse lado. Ele tem um estilo de jogo agressivo, gosta de dominar com o forehand, mas sei o que posso fazer para anular isso e incomodar o jogo dele".

Pucinelli entrará no top 200 na próxima segunda-feira. Ele está garantindo 50 pontos na ATP pela campanha e se aproxima do 190º lugar. Se for campeão, fará 80 pontos e aparecerá por volta da 175ª posição. "Essa continua sendo a nossa meta para esse ano, já que ainda tenho alguns pontos para defender. Quero terminar o ano entre os 200. É uma coisa que já vinha buscando desde o começo do ano e estava sempre no quase. Estou muito feliz por ter conseguido esse feito".

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