Nova York (EUA) - A decisão de abandonar Roland Garros no ano passado e se afastar do circuito não foi fácil para a ex-número 1 do mundo Naomi Osaka. Ela deu entrevista no Late Show in America e revelou que se sentiu envergonhada por assumir seus problemas emocionais.

“Fiquei meio encolhida em minha casa por um tempo depois que tudo aconteceu. Mas então fui para as Olimpíadas e muitos atletas vieram até mim e fiquei muito surpresa e muito honrada porque são pessoas que assisto na TV e gosto. Me senti grata e apoiada”.

Desde que assumir a fragilidade de sua saúde mental, a dona de quatro troféus de Grand Slam optou por uma programação limitada. Jogou apenas mais três eventos no ano, quando anunciou uma pausa por tempo indeterminado após uma eliminação precoce do Aberto dos Estados Unidos.

A jogadora de 25 anos acabou retornando para a temporada de 2022, mas passou a maior parte deste ano focando em seus compromissos fora da quadra, tendo 14 vitórias e apenas nove vitórias em suas partidas em dez torneios.

“Sempre me foi ensinado a gostar de perseverar, e acho que é uma lição muito valiosa porque me ajudou a passar por muitas coisas na vida”, disse ao "Late Show in America".
“Mas houve um ponto em que pensei comigo mesmo 'por quê?'. Por que continuaria lutando contra isso, quando posso enfrentá-lo, corrigi-lo e continuar minha jornada?”

A atual número 42 do mundo não se arrepende de suas decisões: “Para mim, senti que era necessário me afastar, mas me senti envergonhada porque como atleta espera-se que seja forte e supere tudo. Aprendi no entanto que é melhor reagrupar e ajustar os sentimentos que você tem naquele momento e pode voltar mais forte”.

Osaka está na lista de inscritas para o Australian Open, ainda que não tenha ainda definido um calendário.