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Djokovic lamenta restrições nos EUA: 'O que posso fazer?'
05/01/2023 às 10h06

Ele deve ficar fora dos Masters de Indian Wells e Miami por não apresentar comprovante de vacinação

Foto: Adelaide International

Adelaide (Austrália) - Ao receber a notícia de que as autoridades de saúde dos Estados Unidos decidiram manter a exigência de comprovante de vacinação contra Covid-19 para cidadãos estrangeiros até o dia 10 de abril, Novak Djokovic lamentou a situação que deverá deixá-lo de fora de dois Masters 1000 no país, os torneios de Indian Wells e Miami, que acontecem em março. O sérvio já havia passado por essa situação na última temporada.

"Eu entendo e vi as notícias. Não sei se isso já é oficial, mas for o que posso fazer? Nada. Vocês conhecem minha posição. As coisas são assim. Estou esperando, mas se eu não puder ir, eu não vou. E é isso", disse Djokovic, na entrevista coletiva desta quinta-feira em Adelaide, depois de ter vencido seu segundo jogo no ATP 250 local e garantido vaga nas quartas.

Djokovic também falou de sua relação com o australiano Nick Kyrgios, que antes era bastante conturbada e agora é muito mais respeitosa. Ele explica que os dois se aproximaram no ano passado, depois que o ex-número 1 do mundo foi impedido de jogar o Australian Open, também por causa da vacina, e recebeu uma improvável mensagem de apoio do jogador da casa.

"Eu não era o jogador favorito dele, vamos dizer assim, por muitos anos. Mas ele foi um dos poucos que ficou ao meu lado no ano passado, e eu respeito isso. Nesses momentos você pode ver quem realmente te apoia e quem está ao seu lado e quem apenas segue o fluxo da sociedade e as pressões que a mídia coloca sobre você. Ele, como australiano, estava me dando total apoio nos momentos em que eu estava sendo muito desafiado e eu respeitava muito isso. Desde então, nosso relacionamento mudou para melhor", explicou o veterano de 35 anos e atual 5º colocado no ranking.

Principal cabeça de chave em Adelaide, Djokovic venceu o francês Quentin Halys por 7/6 (7-3) e 7/6 (7-5) na madrugada desta quinta-feira. Ele volta a atuar nesta sexta, às 7h (de Brasília) contra o canadense Denis Shapovalov, 18º do ranking. O sérvio venceu todos sete confrontos anteriores.

"Acho que ele jogou em um nível muito alto, começou melhor do que eu, e conseguiu uma quebra cedo. Foi difícil devolver a quebra, porque ele estava sacando bem e sendo muito preciso. Ele também foi muito agressivo, ficando perto da linha. Acho que foi um jogo muito equilibrado e dou crédito a ele por jogar um ótimo tênis e lutar até o último ponto. Tenho orgulho de poder superar um desafio como esse. Ganhar em dois tiebreaks é sempre bom para o nível de confiança no início do ano. Estou ansioso pela próxima partida".

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