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Murray: 'Ainda posso chegar longe em um Slam'
21/01/2023 às 14h19

O britânico destacou pontos positivos da campanha, mas acredita que poderia ter feito mais

Foto: Tennis Australia

Melbourne (Austrália) - Com o fim de sua participação no Australian Open na terceira rodada, Andy Murray acredita que ainda pode ter um ótimo resultado em um Grand Slam. Aos 35 anos, o britânico venceu duas batalhas de cinco sets em Melbourne, contra o italiano Matteo Berrettini e o australiano Thanasi Kokkinakis, além de ter feito um jogo de alto nível diante de Roberto Bautista Agut. Superado pelo espanhol, 25º do ranking, em quatro sets neste sábado, Murray destaca pontos positivos da campanha, mas lamenta não ter ido mais longe.

"Posso ter uma campanha melhor do que a terceira rodada de um Slam, não há dúvida sobre isso", disse Murray após a derrota por 6/1, 6/7 (7-9), 6/3 e 6/4 para Bautista Agut. "Obviamente, a chave sempre pode se abrir para você, mas eu também preciso me ajudar com isso. Se eu estivesse jogando nesse nível no ano passado, provavelmente não estaria entre o 50º e o 60º lugar no ranking. Cabe a mim tentar mudar isso".

"Também estou um pouco desapontado, porque trabalhei muito no início deste ano e estava jogando bem o suficiente para fazer uma boa campanha. Acho que hoje eu pude competir contra um cara que é 20 mundo, sabe, e fizemos um jogo apertado considerando as circunstâncias. Sinto que poderia ter ido um pouco mais longe", acrescentou o ex-número 1 do mundo e atual 66º do ranking.

O confronto entre Murray e Bautista Agut marcou um reencontro em Melbourne. Há quatro anos, em 2019, o britânico chegou a anunciar o fim de sua carreira profissional e recebeu justas homenagens depois de uma partida contra o espanhol em Melbourne, em jogo que poderia ter marcado sua despedida do circuito. Depois de passar por duas cirurgias no quadril, o vencedor de três títulos de Grand Slam conseguiu voltar a jogar.

"Você nunca sabe exatamente quando vai ser o fim. Gostaria de continuar jogando tênis assim, competindo com os melhores do mundo nos maiores eventos e fazendo justiça a mim mesmo", afirmou Murray, que já disputou cinco finais de Australian Open na carreira. "Eu me senti bem com a maneira como estava jogando. É mais agradável para mim quando entro em um grande evento acreditando que posso chegar longe. Houve momentos no ano passado em que não estava jogando bem. Mas os sacrifícios e o esforço que fiz me permitiram passar por essas partidas e jogar em alto nível".

O britânico destacou os aspectos positivos em sua maneira de jogar. "Acho que minha movimentação aqui foi muito boa. E isso é algo que eu não vinha fazendo bem nos últimos 12 ou 18 meses. É muito importante para mim. Quando me movo bem, isso me permite atuar com um estilo de jogo mais eficaz para mim. Ganhei muitos pontos na rede durante esse evento, o que foi muito positivo. Então, há várias coisas que me agradavam no meu jogo".

Vindo de uma partida que durou quase 6h e que terminou às 4h da manhã pelo horário local, Murray detalhou o processo de recuperação. "Dormi das 6 às 9 da manhã depois que joguei contra o Kokkinakis, o que obviamente não é o suficiente. Eu tinha umas sete ou oito bolhas que eu tinha que tirar. Tive que vir de manhã para dar tempo de resolver. Então voltei para o hotel, dormi por mais algumas horas e depois treinei por uns 15 minutos ontem. Meus pés não estavam ótimos. Mas minhas pernas estavam bem. E eu estava sofrendo dores nas costas. Isso estava afetando meu saque. Essa foi a principal coisa com a qual eu estava lutando hoje".

Murray também traçou os planos para as próximas semanas. "Estou planejando jogar em Roterdã e Dubai. Quanto tempo vou precisar para me recuperar? Eu não sei. Mas não tenho nenhuma lesão, o que é bom. Obviamente, meu corpo teve muita carga de estresse nos últimos dias. Então, vou precisar de um pouco de tempo para me recuperar. Roterdã começa daqui a três semanas [em 13 de fevereiro]. Isso deve ser mais do que tempo suficiente".

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