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Stefani e Matos celebram virada e 1ª final de Slam
25/01/2023 às 13h32

Stefani e Matos salvaram um match-point na semifinal de duplas mistas

Foto: Tennis Australia
Diego Diegues
Especial para TenisBrasil

Finalistas da chave de duplas mistas do Australian Open, Luísa Stefani e Rafael Matos venceram um duelo nos detalhes nesta quarta-feira. A dupla brasileira salvou um match-point na virada contra os australianos Olivia Gadecki e Marc Polmans. Após a partida, eles falaram com TenisBrasil sobre a vitória contra a dupla da casa a expectativa para a primeira final de Grand Slam da carreira. Eles enfrentarão a dupla indiana de Sania Mirza e Rohan Bopanna na sexta-feira.

"Jogo duro, com bastante emoção. Tivemos que lutar em cada ponto e tentar achar o caminho. Muito feliz em passar para a final, atmosfera incrível jogar na sessão noturna na quadra central Rod Laver. É muito especial", disse Luísa Stefani sobre a vitória por 4/6, 6/4 em 11-9.

"Eu oscilei, um pouco, estava nervosa. Tinha começado bem, e dei uma caída no final do primeiro set. Mas o Rafa me deu muita confiança, achei ele muito sólido o jogo inteiro e isso nos ajudou bastante. Sabia que poderíamos ter uma chance, a gente foi se encontrando e terminamos super bem, o que é mais importante", acrescentou a paulista, que fez o winner de devolução que definiu a partida.

"Estou muito feliz, a primeira final é muito especial. Vou lembrar sempre desse jogo. É ainda mais especial por estar com o Rafa, numa dupla brasileira aqui", comenta a jogadora de 25 anos. Esta é a segunda vez que uma dupla 100% brasileira joga uma final de Slam, juntando-se a Claudia Monteiro e Cassio Mota no ano de 1982 em Roland Garros.

"Na dupla, o jogo muda rápido. Sabia que em qualquer momento poderíamos virar a chave se fizéssemos as coisas certas. E ter o Rafa me ajudando foi importante. Tive que ser paciente e não me frustrar de ter perdido o saque no primeiro set, e pensar ponto a ponto. No desenrolar as coisas a gente ia encontrar uma maneira, e foi o que aconteceu", complementou a paulista, que disputa seu 1º Slam depois da lesão e cirurgia no joelho.

Rafael Matos também comentou sobre o equilíbrio da semifinal. "Foi um jogo decidido no detalhe, como o próprio placar mostra. Consegui ser bem sólido e bem constante. Ontem ela me segurou um pouquinho, hoje eu segurei um pouquinho mais. Acho que a dupla é bem isso. Nem sempre dá para os dois jogarem bem, o importante é estar um apoiando o outro, e nossa dupla conseguiu fazer isso muito bem nos últimos jogos. Esse apoio que eu a Luísa damos um para o outro foi importante para a gente dar a volta por cima".

Matos ainda falou sobre o que pensou durante o match-point salvo em seu saque e a estratégia diante de um rival muito bom na rede como Polmans. "Antes do jogo a gente sabia que ele iria botar bastante pressão e fechar o meio, porque é um cara grande e tem bom voleio. Precisávamos buscar os extremos da quadra, e quando estavam os dois na rede, tentamos jogar mais nela".

"E no match-point eu estava em dúvida de onde sacar e vi que o tempo estava acabando, a Luísa até me alertou, mas foi melhor tomar a violação e fazer a jogada certa. Uma vez me aconteceu de me apressar e escolher a jogada errada. E aprendi com isso. Só pode uma vez no jogo, senão ia perder o saque", comenta o gaúcho de 27 anos, que chegou a tomar uma violação por tempo.

O tenista também se emociona por jogar na Rod Laver, principal quadra do Melbourne Park. "Jogamos na Margaret Court nas oitavas e depois só na Rod Laver, hoje na sessão noturna depois do Djokovic. Não dá para ficar muito melhor do que isso, só ganhando. É por momentos como esse que a gente trabalha".

Mirza destaca boa fase de Stefani
Adversária na final, a ex-número 1 de duplas Sania Mirza disputa seu último Grand Slam aos 36 anos e também destacou a fase da brasileira: "Stefani é alguém que está voltando de uma grande lesão. Ela tem sido uma grande jogadora e era uma das melhores jogadoras de duplas do mundo antes de se machucar no joelho".

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