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Francesca Schiavone, Rio Open, Jogos Olímpicos Copa Davis" /> fiogf49gjkf0d Francesca Schiavone, Rio Open, Jogos Olímpicos Copa Davis" lang="pt-BR" xml:lang="pt-BR" /> fiogf49gjkf0d Francesca Schiavone, Rio Open, Jogos Olímpicos tênis" /> fiogf49gjkf0d 2016/schiavone/0221_rioopen_champanhe_int.jpg" /> fiogf49gjkf0d 2016/schiavone/0221_rioopen_champanhe_int.jpg" />Aos 35 anos, a italiana Francesca Schiavone roubou corações no Rio de Janeiro. Simpatia, espírito de luta, sorriso no rosto, cara feia na quadra. Mostrou um pouco de tudo que a levou a vencer espetacularmente Roland Garros já há quase seis anos.
No decorrer da semana, a veterana foi se soltando aos poucos e falou om pouco de tudo. Encantada com o Brasil, ela revelou que um dos pontos altos por aqui foi a comida.
"Estou muito feliz de comer a sua comida. Experimentei açaí e manga. Normalmente não gosto de frutas, mas aqui comi. Também estou comendo muito churrasco, acho que já comi uma vaca inteira", disse a brincalhona italiana em uma das coletivas.
Mas nem tudo foram flores para ela, que chegou até a cornetar o trânsito carioca. Nesta entrevista exclusiva, 'Fran' revela que gostaria de passar mais tempo nas praias brasileiras e que aposentadoria ainda é um assunto delicado.
Quando surgiu esse amor pelo Brasil?
Fazer uma final ajuda a amar o povo do país. Fora disso, gosto da comida e das pessoas. Aqui posso encontrar o mar, a montanha e a natureza e gostaria de comprar um lugar aqui para passar um ou dois meses.
Nos últimos tempos as tenistas italianas têm vencido grandes títulos. O que acontece na Itália para que tenham tantas boas jogadoras como você, Flavia Pennetta, Sara Errani e Roberta Vinci?
Acho que a escola italiana é um desastre. O que aconteceu é que quando éramos pequenas saímos do país e encontramos nossas soluções. Somos uma boa geração, que eu e Flávia empurramos muito ganhando nossos Slam. Com isso as outras pensam que podem fazer isso também. É uma ajudando a outra. Venus (Williams) ajudou sua irmã a ganhar mais, Roger (Ferderer) faz (Stan) Wawrinka querer ser melhor. É algo que vem naturalmente, é uma coisa muito boa.
Você percebe que as crianças por lá estão jogando mais tênis?
Alguma coisa melhorou, muita mais gente quer jogar tênis. É sempre uma motivação quando alguém ganha um Slam, isso atrai mais gente e fortalece a escola de tênis do lugar. Pode ser que um dia eu, Flavia ou as outras possamos fazer algo pelas crianças.
Você falou que Flavia é como uma irmã para você, mas no circuito muita gente diz que é difícil ter amigas. Qual sua opinião sobre isso?
Penso que o mais importante é ter respeito. Se você respeitar os outros vai ser respeitada. É importante ser uma pessoa correta, obviamente lutando, porque lá em quadra é uma luta. Agora tenho mais experiência e falo mais com as jogadoras. Flavia é minha irmã menor, crescemos juntas. Algumas vezes eu a venci, outras foi ela que me venceu. Ela está feliz com sua nova vida e espero que ela tenha muita coisa boa pela frente com Fabio (Fognini), que tenha filhos e que aconteça tudo de bom.
Como está a cabeça para o seu futuro? Quais seus planos para este e os próximos anos?
Estou muito melhor, passei um ano difícil (2015). Foi muito bom, mas difícil. Agora quero respirar e entender que na vida a coisa mais importante sou eu e depois todo o resto. Pode ser que uma família me espere no futuro, talvez abrir uma academia de tênis. A vida está me dando muitas oportunidades e vamos ver depois do tênis o que vai acontecer. Agora não estou pensando nisso.
Jogar as Olimpíadas do Rio é um sonho? Como você está encarando isso, sabendo que está longe e que há várias italianas também na disputa pelas vagas?
Vou tentar jogar, porque é o sonho de todos os atletas. Mas ainda falta muito, sei que para conseguir jogar vou precisar jogar como uma estrela em quatro ou cinco torneios neste ano. Vou tentar e dar o máximo. Se conseguir, estarei muito feliz, mas caso contrário também virei para cá, se não para as Olimpíadas quem sabe para tomar um banho de mar.
Poderemos ver Francesca Schiavone no Rio Open do ano que vem?
Esta pergunta é a mais difícil que você fez em toda entrevista. Não sei. Agradeço sua pergunta, mas vamos ver o que vai acontecer com minha carreira.